Porque há vida para além da paisagem... para além da rotina diária, do mundo das notícias e do ecrã. Reflexões daqui, dali de acolá ... e de cá de dentro, que é onde a nossa paisagem se molda e gera paz.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A Guerra dos Tronos: desliguem lá a ficha!



Já por várias vezes em posts anteriores sobre viagens referi que este não era um blog de viagens. Pois bem, nem é tão pouco um blog sobre política, embora os últimos desabafos tenho rondado sempre este tema.
Mas estas coisas mexem-me com os nervos...
Meus senhores, isto não é um jogo da play-station, que podem colocar em pause e ir comer uma sandocha, para depois regressar à frente do ecrã, comandando as personagens por caminhos estratégicos. Nem tão pouco virá a mãezinha desligar a ficha da corrente, porque já são horas a mais e isto de querer agarrar o trono já é um vício a combater.
Parem lá com as birras de não-me-deste-o-papel ou eu-quero-à-força-toda-governar... Isto vai-nos sair muito caro!!
Se queriam com este cenário todo recuperar, de alguma forma, a credibilidade política e mostrarem-se como salvadores da pátria, falharam redondamente. Todos, sem excepção.
Respeitem as urnas (todos nós que lá fomos!) e deixem-se de extremismos, de planos secretos e de ecos do Orgulhosamente sós!
Não estamos sós e não somos sós.
Respeitem o esforço que fizemos e continuamos a fazer e entendam-se... porque a mãezinha lá de Bruxelas já pediu aos meninos o papel (uma coisa que nos rege, chamada orçamento e que um governo de gestão até Junho vai destruir em pedacinhos de burocracia)
Desliguem lá a ficha e ponham-se mas é a trabalhar!

Créditos imagem: https://aprendercrescerconcretizar.wordpress.com/2010/11/05

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Por favor, Prof. Marcelo: não!

Este mundo paralelo em que vivemos, e onde uns quantos de nós se dignaram a ir depositar o voto, não deixa de me surpreender. Porque de tão paralelo, até parece que o que fomos fazer importa alguma coisa, já que, quais marionetas, estaremos ainda sujeitos a imposições externas de quem nos empresta o dinheiro e a quem nos retirou, nestes anos, autonomia e nos criou um défice de soberania nacional, como já referi aqui.
De tão surreal a situação, que logo após resultados mais claros em noite de eleições, nova sondagem sobre presidenciais agita a noite. Para vir o próprio candidato-ainda-não-candidato-mas-que-toda-a-gente-sabe-que-o-é-mas-que-ainda-não-assume-porque-ainda-comenta-semanalmente-no-canal-de-televisão-toda-esta-embrulhada-política comentar a sua vantagem brutal na corrida a Belém. E diz a notícia de última hora, nas redes sociais, que Marcelo é candidato. Mas ele não disse, porque disse que ali não era o lugar.
Por favor, Professor: não!
Porque fruto do que passámos estes últimos anos, a utilidade de um Presidente ficou completamente esquecida. Porque de tão pouco, não se notou a falta e só se notaram os gastos desnecessários. Porque, Professor, detestava vê-lo desperdiçado nesse lugar, quando nos é muito mais útil, ainda que tendencioso muitas vezes ( embora lhe reconheça a coragem e o sapo enorme que engoliu, reconhecendo a derrota de Passos no debate do ano), no esclarecimento do emaranhado político que envolve este país.
Muito mais útil, Professor, muito mais útil!