Porque há vida para além da paisagem... para além da rotina diária, do mundo das notícias e do ecrã. Reflexões daqui, dali de acolá ... e de cá de dentro, que é onde a nossa paisagem se molda e gera paz.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Azeitonas: só o caroço?





Ontem assisti novamente a um concerto dos Azeitonas, inserido neste fórum da Juventude em Alcanena.
Ao princípio, fraquinho em público mas depois plateia muito concertada. Todos com esperança de um bom espectáculo.
As expectativas eram altas a julgar pelo ambiente pré- espectáculo, oferecido pela Câmara Municipal de Alcanena.
Porém, e muito respeitosamente, assim que começa o show, o vocalista-mor Marlon avisa: Miguel Araújo não veio!! Ohhhhh... Será que já não vamos ouvir os aviões????

Mas a coisa ia acontecer, sem ele, doente...e revisitando este post, onde os elogiei no espectáculo que deram, em Junho, na Feira da Agricultura, achei que a força musical que lhes reconheci ia impor-se. No referido post, escrevi:
"Depois vi Os Azeitonas, também na Feira da Agricultura. Não por ser um desígnio maior, mas porque calhou. E não é que fiquei surpreendida!! Com as músicas que afinal conhecia, com o estilo vintage que envergavam sem pudor, com a irreverência de artistas aliada a um profundo conhecimento musical e qualidade que todos os membros tinham."
 Na altura, não achei sequer Miguel Araújo armado em vedeta, embora estivesse na boa, na sua descontracção sob o lado direito do palco, onde o seu estatuto de artista lhe permitia a sua bebida e o cigarro sempre à mão.

Ontem, Marlon parecia Passos Coelho e as referências a Sócrates no debate televisivo do ano... Tanto falou do Miguel, que desvalorizou o concerto. Todos esperávamos a sua presença ( aliás, espero que o Executivo tenha pedido um desconto...:) ) mas, caramba, vocês valem por si.... E teriam valido, se tivessem acreditado mais e dado mais a este público que, apesar de, para além da paisagem, vos recebeu na esperança de um concerto inédito mas com garra.
O vosso começo treme um pouco porque são muitas músicas seguidas menos conhecidas, para ganharem públicos mais difíceis, mas depois a vossa garra acabaria por colmatar qualquer falta de um colega vosso. 

Então e a história do autocarro, então e a interacção com o público? 
MÍ - U - DA
Que é que estiveram a fazer, pá?????

PS: Não desisti de vós, mas, nos grandes como nos pequenos, há que dançar (trabalhar) como se ninguém estivesse a olhar, ou seja, com todo o empenho... e a saber a letra, mesmo se não for a nossa canção!



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