Porque há vida para além da paisagem... para além da rotina diária, do mundo das notícias e do ecrã. Reflexões daqui, dali de acolá ... e de cá de dentro, que é onde a nossa paisagem se molda e gera paz.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

A empatia ou como tomamos decisões


Como fazer um negócio com um vendedor em que à partida não houve aquele à-vontade, aquela identificação de valores ou de motivações?

Como entregar um filho a uma educadora que não inspirou confiança desde o primeiro olhar, a primeira frase ou o primeiro sorriso?

Como entregar um projecto que será o nosso futuro nas mãos de alguém com quem não houve aquele entusiasmo nas conversações?

Como contratar alguém se a entrevista até correu bem mas existiu qualquer coisa na imagem ou no discurso que não nos convenceu?

Como aceitar um trabalho se a entrevista até correu bem mas houve um segundo de silêncio constrangedor que não nos deixou confortável?

Neste mundo racional, onde as decisões, as directrizes são mais do que estudadas, são analisadas ao milímetro, acredito que há ainda e cada vez mais lugar à empatia como motor decisor das nossas acções futuras.É que a empatia dá-nos segurança e a falta dela deixa-nos desconfiados. É um je-ne-sais-quoi que ou se tem ou se não tem. É a primeira impressão que conta, uma química, diferente da simpatia, que é mais racional e fingida se for necessário,por uma questão de educação, de saber viver, de saber estar.

Já a empatia, não se finge, não se consegue. Ela parece que tem vida própria e sussurra-nos ao ouvido se devemos ou não confiar, se estamos ou não em boas mãos. Parte de uma compreensão psicológica do nosso interlocutor e até uma fusão emotiva.

E mesmo que os rácios digam que não, mesmo que racionalmente e pesando todos os pós e contras do assunto, seja ele qual for, a decisão fosse contrária, muitas vezes é a empatia que nos recua ou avança.

Não quero entrar por análises psicológicas e cognitivas que têm com certeza um nome mais pomposo para descrever este tipo de situações. Chamem-lhe afinidade, semelhança, proximidade...
Até gosto da expressão: em-pa-ti-a
Somos humanos... é só isso.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Desafio: Uma Paixão chamada livros



Fui nomeada pela autora de A Limonada da Vida para listar 5 livros que gosto.

Escolhi referências antigas e outras recentes, porque o melhor livro é sempre o último que estivemos a ler...
Crime and Punishment, Dostoyevsky: Como não, Limonada? Como explicar o que significou para nós, fedelhas de 17 anos, discutir à exaustão os problemas morais e de consciência que nos propunha a reflexão deste livro, através de longas chamadas telefónicas ( em telefone fixo, que nós somos do antigamente!)? Como não reflectir sobre o castigo ou absolvição que nos dão os nossos actos... O resto? Não interessa nada...


De profundis, Valsa Lenta, José Cardoso Pires-... numa viagem, que teve ainda regresso, ao estado de coma e que nos alerta para a linha ténue entre o "está tudo bem" e o "não somos nada". Porque não somos mesmo nada. És pó, e ao pó voltarás...


O Código da Vinci, Dan Brown - O vício dos policiais, do mistério, do turnig point e do twist final.... Brilhante, para não mais repetir, Dan Brown...

O Zahir, Paulo Coelho - Porque todos precisamos de nos encontrar e de aprender a viver, em primeiro lugar, com a nossa individualidade. 


A rapariga no comboio, Paula Hawkins - Leitura ainda no início, mas que promete, ao estilo Hitchcock em A Janela Indiscreta. Intrigante...


After Dark - Os Passageiros da Noite, Haruki Murakami- Outra leitura a começar, e que promete uma visão cinematográfica de todo um ambiente nocturno, soturno, por vezes omitido mas real... Curiosidade...

E já vou em seis... É melhor parar por aqui!
Leiam! Muito! Desperta a alma e os sentidos! Tira-nos das nossas zonas de conforto, mesmo que só no papel...

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Carnaval? Outra Vez?!



Esta coisa de festejar o Carnaval não é muito do agrado do pessoal lá de casa. Nunca foi...
À excepção de alguns anos de entusiasmo da mais pequena, agora já muito crescida para se mascarar. O mais pequeno começa agora a descobrir a brincadeira. Mas com algum distanciamento das grandes folias, até porque os pais não o levam.
Mas esta coisa de mascarar os rebentos acaba por libertar em nós a vontade de brincar e de libertar energias e fazê-mo-lo através deles.... mesmo que eles não achem  muita piada.
Este ano, no jardim de infância e por decisão do Agrupamento, o tema para o tradicional desfile era a comida saudável. Esta coisa dos temas tem que se lhe diga. Porque explicar a uma criança que, em vez de Homem-Aranha, vai ser um copo de leite, ou que, em vez de Princesa vai ser uma ervilha é um desafio monumental...
E não é preciso explicar porquê... está mais do que na cara.
No global, a coisa resulta, embora a mancha de morangos fosse enorme, como se só os morangos fossem saudáveis. Mas foi divertido ver como resultaram os fatos.
O meu copo de leite... estava delicioso! Executado na perfeição, com palinha às tirinhas e pacote a jorrar leite da cabeça dos pirralhos. Parabéns à educadora e auxiliares, que fizeram um trabalho excelente!

PS: Ele continua a preferir o Homem-Aranha, claro! ;)


O que fazer quando se está em casa com gripe



.........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Nada.
Não vais fazer nada.
Absolutamente nada.
Não vais fazer arrumações porque não consegues levantar a cabeça da almofada.
Não vais ler porque os olhos não se querem abrir.
Nem ouvir música porque a cabeça parece que vai rebentar
Não vais cozinhar porque só o cheiro da cozinha te dá vómitos e chá e torradas é um manjar dos deuses nestas alturas.
Estás com gripe! Portanto, cuida bem de ti e repousa.
Não vais fazer nada.
Absolutamente nada.
Vais precisar das energias quando voltares à rotina e tiveres de recuperar o trabalho atrasado.