Depois de dois dias na Disney, apanhámos o RER com destino a Paris. É claro que, antes, já tínhamos estudado as ligações ao metro e a localização do nosso hotel. Mas antes de caminhar para a linha correcta, lá perguntámos mais uma vez à senhora que nos vendeu os bilhetes ( cerca de 20 e poucos euros) que caminho tomar quando chegássemos à capital do mundo.
E foi uma viagem tranquila, de cerca de 50 minutos. Mais uma ligação de metro e aí estávamos, perto do Residhome Paris. Muito agradável o hotel, o quarto com dois pisos ( com cama em cima e em baixo), limpeza impecável, comodidades para podermos fazer refeições ligeiras. Os prestáveis recepcionistas logo nos deram as melhores indicações, mas não era difícil, já que tivemos a ajuda de um primo ali emigrado e integrado na vida parisiense. Como o dia continuava chuvoso, e tendo mais uma vez em conta o facto que nos deslocávamos com dois pequenos, não quisemos sobrecarregar o dia. Escolhemos visitar o Arco do Triunfo e a Torre Eiffel. Sem subir, que este pessoal não é dado a alturas!
É, de facto, majestoso, chegar ao centro do mundo àquela avenida dos Campos Elísios (já tinha esta sensação das minhas visitas anteriores) e ver a grandeza do Arco, como se impõe para Norte e Sul, numa das artérias mais conhecidas... Faz-nos sentir importantes (porque estamos ali)e pequenos (porque percebemos a nossa insignificância) ao mesmo tempo.
Acabámos por partir à aventura, apanhando uma tricicleta para nos levar até à torre Eiffel. Foi muito divertido fazer a rotunda do Arco desta forma, vendo os carros a aproximarem-se em grande velocidade mas respeitando tão nobre meio de transporte. Grande momento.
Chegados à Torre, percorremos todo o Champ de Mars e tirámos todas as fotos pirosas e expectáveis possíveis.
É curioso ver como reagem os mais novos a estes momentos, sem se aperceberem da sua real importância, sobretudo porque transformadores.
Acabámos por, ao fim da tarde, lanchar já perto do hotel e descansar porque a isso o corpo obriga.
Convencidos que no dia seguinte faríamos umas comprinhas (estávamos a 50 metros do Printemps e a pouco mais das Galerias Lafayette), esquecemos que ao domingo, só mais a zona dos Campos Elísios mantém o comércio aberto. Comecei a suspeitar que as lojas não abririam quando, da janela do quarto, verifiquei que os sem abrigo, não estavam preocupados em levantar o 'quarto' mesmo chegada a hora normal de abertura do comércio.
Seguindo para o Plano A, apanhámos, perto da Ópera, o Bus Hop On Hop Off, para uma visita guiada (por auscultadores) pelas pontos mais significativos da cidade e que demora cerca de 2 horas a fazer todo o percurso. Para quem não tem muito tempo, revela-se uma boa opção dando uma visão geral da cidade e aspectos curiosos da sua construção.
Por exemplo, cada vez que se pinta a Torre Eiffel, gastam-se 60 toneladas de tinta. A intenção era destruí-la depois da exposição mundial de 1889 mas acabou por vingar pela sua imponência, sendo considerado o maior símbolo da nação francesa.
Já o metro, por exemplo, é o mais denso do mundo e foi construído tendo sempre em conta o alinhamento das artérias à superfície, o que em alguns casos levou a expropriações de custo elevadíssimo. De qualquer modo, em qualquer ponto que nos encontremos, estamos sempre a menos de 500 metros de uma estação, que pode ser de uma linha a poucos metros da superfície ou a largas dezenas de profundidade.
Malas feitas, viagem para o aeroporto e algumas horas de espera para apanhar o avião de regresso à normalidade que nos é tão familiar.
O que se vê num dia e meio em Paris? Muito pouco, quase nada. Mas o que fizemos, aproveitámos bem. Serviu, sobretudo, para enriquecer estas mentes (sobretudo a de 11 anos, mais madura) e agudizar o interesse para novas visitas, com mais tempo e para desbravar muito mais.
A impressão que fica é a de uma imensa cidade de pedra ( digamos que, se quiserem abrir um negócio de venda de tinta exterior, esqueçam...não tem saída!), cinzenta ( o tempo também lançou o tom), que é imperativo conhecer.
Até já Paris...
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