Porque há vida para além da paisagem... para além da rotina diária, do mundo das notícias e do ecrã. Reflexões daqui, dali de acolá ... e de cá de dentro, que é onde a nossa paisagem se molda e gera paz.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Isto não é mundo que se apresente...



Naufrágios com centenas de vítimas, miúdos de 13 anos, com borbulhas, a matarem professores com bestas, notícias como esta, do Expresso, onde se alerta para a morte diária de 2000 mulheres por dia na Índia, apenas por terem nascido mulheres... notícias e mais notícias angustiantes todos os dias.
Todos os dias em que, a partir daquele preciso momento de uma qualquer tragédia, todas as vidas se transformam: as que foram interrompidas, as de quem as interrompeu, as de quem assistiu, as de quem escapou, as das famílias, as dos amigos, as de pessoas do outro lado do mundo a quem aquelas mortes tocaram de alguma forma...
Mas isto é mundo que se apresente?
Em Dia da Terra, tenho aquele nó na garganta de quem vê este mundo perdido. Tudo parece sair do ecrã 3D de um cinema moderno...
Por influência de tanta ficção (será?) ou pura desumanidade, nada parece real, de tão grotesco, mas parece que andamos todos a viajar no meio destas tragédias como se fosse já um dia-a-dia normalíssimo...E depois, há umas alminhas que pensam mesmo que isto é mesmo assim, que só pode ser assim e toca de puxar de uma arma e matar a namorada e a prima, fazer uma lista de alvos a abater, com cruzes suásticas à mistura, como se soubessem de história com 13 anos e o significado do Holocausto...
Isto é tudo um excesso...
Isto não é mundo que se apresente... - a frase é de Frei Bento, numa missa, e que me chegou por post de Rita Ferro. Certamente, a retirei do seu contexto, mas parece-me tão acertada...
Isto não é, mesmo, mundo que se apresente...



Sem comentários:

Enviar um comentário