Porque há vida para além da paisagem... para além da rotina diária, do mundo das notícias e do ecrã. Reflexões daqui, dali de acolá ... e de cá de dentro, que é onde a nossa paisagem se molda e gera paz.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Hala Madrid: Notas de um fim de semana

(Nota prévia: Não tenho pretensões a bloguer de viagens, mas...)
Fui, no passado fim-de-semana a Madrid, com o meu marido. Juntei-lhe a sexta. Há já um tempo que queríamos fazer assim uma viagem e, da ideia de uma prenda de Natal original à viagem propriamente dita, foi um pulo (um mês e pouco...).
Juntámos dicas de amigos e construímos o nosso plano. Não queríamos chegar esgotados pelas caminhadas infindáveis e pelas visitas exaustivos a museus e catedrais. O tempo é escasso e passa num instante. 
Por escolha minha, seleccionámos o Museu Nacional Centro de Arte da Rainha Sofia, para que pudéssemos, entre obras de Dali e Miró, ver, especialmente, Guernica de Picasso. Depois, escolhemos fazer um circuito turístico de Bus pela cidade para ficarmos com uma visão geral e visitar com mais pormenor vários ponto-chave: Parque do Retiro (para namorar um pouco), Puerta de Sol, Plaza Maior,  El Rastro, Mercado de San Miguel e, a gosto pessoal do marido, o Estádio Santiago Barnabéu.
Devo dizer que sou analfabeta em termos de apreciação de arte. Gostei de ver as várias exposições dos 4 pisos do Museu de Arte Reina Sofia e apreciei a beleza de alguns quadros, suspeitando do valor artístico de outros. As imagens gravadas na nossa íris irão acompanhar-nos para sempre, no conforto de quem guarda memórias gratas. Guernica não surpreende, mas pude fazer o primeiro check na minha lista do coração.
No Parque do Retiro, caminhos infindáveis de jardins, algo despidos, fazem pensar quantos sorrisos rasgados de crianças nessas primaveras não desfrutarão daquele espaço.
Depois de muito caminhar, regressámos ao hotel, para retemperar energias para o jantar. O metro leva-nos a todo o lado, depressa, seguro e perto dos locais importantes.( Com bilhete turístico para 3 dias, podemos fazer todas as viagens que quisermos. Comprámos logo no aeroporto, bem como os bilhetes de bus turístico e de entrada no estádio).
Aprender, em dois dias a comer em espanhol, não é difícil... especialmente para quem aprecia petiscos. Ao fim de umas horas já tratamos as tapas por tu. Jantar às 10 da noite na rua com 1ºC, com aquecedores de esplanada e mantas pelas pernas... que bom!
Segundo dia, apanhámos o Bus turístico. Primeiro destino: estádio do Real Madrid. O dia era de dérbi mas no estádio do Atlético, pelo que o ambiente era calmo à volta do estádio. Visitámos o museu, meticulosamente estudado para o adepto, para aquela vibração de quem ama um clube desde menino e vibra com este ambiente. Todos em prol do clube, tudo trabalha para o clube. Máquina de fazer dinheiro gigantesca. Passámos ao estádio em si, aos balneários dos craques, às escadas de acesso ao balneário, à relva, ao banco. Impressiona, emociona.
De volta ao Bus, fizemos a tal visita panorâmica da cidade e procurámos, por fim, um bar para podermos ver, em ambiente de festa o dérbi, lado a lado com os madrilenos. Sensacional... tirando a derrota estrondosa do Real e a péssima exibição do nosso Ronaldo.
Energias em alta, avançamos para o Mercado San Miguel....Tapas e mais tapas. calamares, check; presunto, check; paella, check! Muito bom ambiente, um mundo de nacionalidades junto, em volta da comida.
Last day, domingo de manhã: dia de El Rastro. Feira da ladra em grande, com tudo e mais alguma coisa, dá para comprar lembranças ou apenas respirar  o momento.
Rever a lista porque as horas passam a voar: tudo check para os 3 dias que planeámos (fotos ao Km 0 na Puerta del Sol, ao urso símbolo da cidade, etc)...de  volta ao aeroporto, sem esquecer uns últimos churros com chocolate quente...yam. 
Alma cheia: check.
Coração quente: check!







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