A rotina tem-se vindo a repetir. Assim , torna-se tradição.
Dia 1 de Dezembro (e ainda bem que voltou a ser feriado, embora este ano não fizesse muita diferença) é dia de montar a árvore de Natal. Banda sonora natalícia a acompanhar, caixas e caixas resgatadas do sótão depois de 11 meses de reclusão.
Et voilá! A árvore toma vida, a sala despe-se dos quadros habituais para dar lugar a adventos e ideias de um conforto que nos chega ao coração de forma diferente.
O pequeno, cada vez menos pequeno, diz que, em cima do banco já chega ao topo da árvore. Mas ainda assim, a tradição manda que é às cavalitas do pai que se põe a estrela lá no cimo. O momento mágico tem direito a registo fotográfico para a posteridade, mesmo que as fotos fiquem esquecidas, porque algo embaraçosas, entre pijamas e olheiras e cabelo despenteado, num disco externo nas cópias de segurança. Razão tem a mais velha, que já fica atrás da lente no momento do flash.
Para além desta árvore tradicional, temos levado a cabo sempre uma árvore alternativa. Haja Pinterest para nos dar ideias. Mas é sempre muito nossa,
...ou porque são as nossas fotos mais significativas,
...ou porque feitas com ramos de árvores que colhemos no jardim,
...ou porque nas caixinhas que escolhemos e pintámos este ano, ficam objectos aos quais concedemos significado especial.
Esta, deste ano, tem a luz de algo nosso, apontamentos que tiramos da árvore de sempre, uma bola de neve que faz as delícias dos olhos do Vasquinho, a árvore de rolhas de cortiça que colámos o ano passado, recordações de prendas do jardim de infância e trabalhos manuais que nos chegaram da escola.
É irrepetível.
É nossa, tão nossa. E linda de morrer. Por isso aqui a mostro.
Por isso é Natal, cá em casa.
Desejamos que em todas também. Com este espírito.
Porque entre discussões (que também as houve, ah simmmmm!) sobre se a árvore está direita ou não, sobre se os enfeites já são de mais e sobre quem varre o chão no fim da montagem... adoramos isto. E amamo-nos muito.
E isto é que é Natal.
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