Pronto, não é o post mais positivo para começar o ano mas é para o que nos dá...
Depois das festas, estou mais em modo Grinch e a desesperar por arrumar a árvore e todas os enfeites de Natal espalhados pela casa. Toca a limpar tudo....
E quando limpamos tudo, quando realmente olhamos para nós, despidos de todos os enfeites e todas as máscaras, há uma coisa da qual não podemos de certeza fugir....
É a de que estamos irremediavelmente sós. Inevitavelmente sós. E enquanto não soubermos aceitar essa realidade, viveremos sobre a ilusão de que a mãe e o pai estarão sempre lá, e que o a/o nossa/o companheiro nunca nos deixará, que os filhos sempre dirão " Estou aqui" e que aquela/e amiga/o nunca te faltará.
A verdade é que esta estupidez, mariquice vá, da solidão é tão real, tão brutal e tão absolutamente inevitável... que, ou aprendemos a lidar com ela, e aprendemos ou reaprendemos a estar sozinhos com nós próprios ou seremos cada vez mais infelizes.
Relembrem quantas vidas já viveram com os vossos pensamentos, quantos "se" já construíram e desconstruíram, quantos sonhos levantaram na vossa mente e os mesmos pensamentos os derrubaram.
Esta mariquice não é brincadeira e dói... e por isso temos de aprender a darmos um abraço a nós próprios.
A verdade é que morreremos sozinhos. Ninguém irá connosco para nos fazer o favor de nos acompanhar.
Esta mariquice e a forma como lidamos com ela é a nossa salvação.
Acredito em Deus. E que nada me faltará. Mas há que fortalecer na solidão. Quando ninguém nos dá a mão e somos nós que temos que ir lá ao fundo do coração procurar o nosso conforto. Porque só nós percebemos como sentimos, porque só nós sabemos o que queremos dizer e só nós é que sabemos exactamente o que precisamos. O nosso abraço.
Felizes, mesmo se sós. Felizes, mesmo quando sós.
Portanto, deixem-se lá de mariquices...Bom ano!
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