Porque há vida para além da paisagem... para além da rotina diária, do mundo das notícias e do ecrã. Reflexões daqui, dali de acolá ... e de cá de dentro, que é onde a nossa paisagem se molda e gera paz.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Dan Brown e a intuição de mãe



As emoções ainda estão ao rubro depois de uma tarde passada nos corredores do Centro Cultural de Belém. Quando a Bertrand anunciou que Dan Brown viria a Portugal apresentar o seu novo livro, Origem, fiquei logo alerta para não deixar escapar esta oportunidade.

E que oportunidade.

Sala esgotada para ouvir um dos escritores de maior sucesso no mundo. Apresentação cuidada, com momentos muito divertidos, um raciocínio lógico muito interessante. Tudo estruturado para quebrar o gelo de início, manter a atenção para o discurso, revelando q.b. de pormenores pessoais (que sempre despertam o interesse dos mais curiosos sobre a vida dos famosos) e de revelação de pormenores de bastidores das filmagens dos filmes baseados nas suas obras.

Uma dicção incrível, que grande lição de inglês para a minha filha, que adorou estar presente pela experiência em si e por ter compreendido tudo o que foi dito.
Confesso que o último livro, Inferno, não me deixou tão gratas recordações como a sua obra-prima, que o levou para as luzes da ribalta, “O Código da Vinci”.  Foi mesmo um inferno chegar ao fim do Inferno.

Mas há qualquer coisa na sua forma de escrita que não me deixa deixar de querer ler os seus livros. E a forma como apresentou o seu livro, sem ser spoiler, deixou-nos o interesse incontornável de pegar já na Origem para ler de rajada.

Fica para a história, a minha história o momento em que Dan Brown quis saber quem fez aquela pergunta na plateia. Oh ouh! Levantei-me da cadeira e pus o braço no ar. Senti o CCB inteiro a olhar para mim… não sei se estava se não (óbvio que ninguém tirou os olhos do escritor). A pergunta que fiz a Dan Brown e que transcrevi para o cartão dado pela organização foi se já tinha tido a ideia para o seu próximo romance. Dan Brown perguntou-me então se tinha filhos e se, depois de 10 minutos com o bebé nos braços o meu marido entrasse na sala sugerindo repetir tudo de imediato, se eu o faria. Agradeci a resposta, embevecida, confesso.
Uau! Dan Brown falou directamente para mim, gracejou com a minha pergunta. Pronto. Fiquei ainda mais rendida. Satisfeita, super satisfeita.

Acredito que, neste momento, se encontre focado em promover o livro que saiu para as bancas há 15 dias apenas. Mas acredito também que já o terminou há algum tempo, tempo para os tradutores o trabalharem para as línguas dos países onde saiu em simultâneo. E que agora queira descansar.

Se acredito que ainda não tem a origem da ideia do próximo livro? Intuição de mãe: com certeza que tem!

Boas leituras!

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