Este mundo paralelo em que vivemos, e onde uns quantos de nós se dignaram a ir depositar o voto, não deixa de me surpreender. Porque de tão paralelo, até parece que o que fomos fazer importa alguma coisa, já que, quais marionetas, estaremos ainda sujeitos a imposições externas de quem nos empresta o dinheiro e a quem nos retirou, nestes anos, autonomia e nos criou um défice de soberania nacional, como já referi aqui.
De tão surreal a situação, que logo após resultados mais claros em noite de eleições, nova sondagem sobre presidenciais agita a noite. Para vir o próprio candidato-ainda-não-candidato-mas-que-toda-a-gente-sabe-que-o-é-mas-que-ainda-não-assume-porque-ainda-comenta-semanalmente-no-canal-de-televisão-toda-esta-embrulhada-política comentar a sua vantagem brutal na corrida a Belém. E diz a notícia de última hora, nas redes sociais, que Marcelo é candidato. Mas ele não disse, porque disse que ali não era o lugar.
Por favor, Professor: não!
Porque fruto do que passámos estes últimos anos, a utilidade de um Presidente ficou completamente esquecida. Porque de tão pouco, não se notou a falta e só se notaram os gastos desnecessários. Porque, Professor, detestava vê-lo desperdiçado nesse lugar, quando nos é muito mais útil, ainda que tendencioso muitas vezes ( embora lhe reconheça a coragem e o sapo enorme que engoliu, reconhecendo a derrota de Passos no debate do ano), no esclarecimento do emaranhado político que envolve este país.
Muito mais útil, Professor, muito mais útil!
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