Este tempo de Verão chama as férias, os dias longos e cheios
de tempo bom: de convívio, de descanso, de alegrias disparatadas, próprias da
silly season. Todos precisamos de férias.
Conto muitas vezes esta conversa que tive há alguns anos.
Simplesmente porque resume aquilo que foi um momento aha, como diria a Oprah,
no que toca à necessidade e à obrigatoriedade a que me sujeitei no que toca a
‘tirar férias’. Comentava eu com o meu interlocutor que não iria tirar férias,
por motivos de trabalho. E ele respondia: ‘ Cada um tem o que merece…’
Continuando a conversa e a minha lamentação, ele voltava à carga: ‘ Cada um tem
o que merece…’Confesso que nunca mais me esqueci daquelas palavras. E o que é
certo é que, utilizando outra máxima muito próxima ( ‘Só faz falta quem está!),
a vida teria continuado se eu tivesse tirado férias e tudo se tinha passado.
Por isso, a partir desse ano (e já passaram talvez 20…), nunca mais deixei de
tirar férias. Porque as mereço e porque elas são um momento essencial para
recuperação de forças, para manutenção de um cérebro desperto e recuperado de
um ano inteiro de stress acumulado, de tensão no trabalho. Também para uma
atenção centrada nos miúdos, em que não há desculpas para não jogarmos à bola,
ou à apanhada, para fazer castelos de areia e apanhar conchas à beira mar. Para
nos permitirmos dormir um pouco mais sem culpas, preguiçar numa toalha com a brisa
a lavar a alma.
Por isso, toca a aproveitar: preguiçar até mais não, jogar
às raquetes e dizer disparates, beber (com moderação, claro… ou não fosse este
um blog moderado :) )
uma sangria fresquinha…
Adoro estes dias imensos, de horas sem relógio e de tempo
sem pressas.
Sem comentários:
Enviar um comentário