Depois do post anterior, deixem-me que vos fale de um
fenómeno extremamente interessante relacionado com as férias.
Carro atolado de roupa que nem sequer vamos usar,
brincadeiras de areia e tudo o mais que não lembra a ninguém, aí seguimos nós
para férias, fazendo da casa de destino a nossa casa, o nosso lar pelos
próximos dias, semana ou quinzena.
Toca a desarrumar tudo e tornar aquelas divisões nossas, nem
que seja pela desarrumação, que é tão nossa.
Tudo pronto para desfrutar de uns dias descansados e bem
dispostos.
Eis se não quando, no regresso de um dia de praia, o vizinho
do andar de baixo, pequeno em todos os sentidos, faz-nos uma espera ao
parapeito da janela e com dedo acusador nos diz que fazemos muito barulho, que
não podemos arrastar cadeiras e a conversa descamba por aí abaixo.
Nem vou entrar em mais pormenores porque são, em todos os
sentidos, pequenos… pequeninos, mesquinhos.
Acontece que este senhor esperava consideração, depois de
implicâncias de vários anos, sobre o facto de trabalhar por turnos. Aliás, vou
sugerir-lhe que afixe o seu horário à entrada do prédio para que todos saibamos
quando podemos fazer barulho (entenda-se por barulho a vivência normal de uma
casa… ainda tenho discernimento suficiente para perceber se estou a fazer algum
disparate!)
Acontece que este senhor vive 11 meses num ano, sem um único
barulho do andar de cima, porque desabitado.
Acontece que nem o condomínio soube esclarecer quanto à lei
do ruído. Acontece que, no decorrer do episódio os meus filhos ficaram
transtornados e ainda tínhamos uma semana de férias e de arrastar de cadeiras e
pulos em cima de sofás e camas, conversas altas e gargalhadas… enfim, um
vandalismo que não se aguenta!
Sem comentários:
Enviar um comentário