Os meus pequenos têm um aquário lá em casa, fruto dos mimos que a tia extremosa lhes dá em forma constante.
Com cores diferentes, os três peixinhos foram nomeados de Sardinha, Faísca Macqueen Shampoo e Riscas. Porque lá em casa ninguém é anónimo, peixes ou bonecos todos têm um nome.
Ontem, o Vasco apercebeu-se de que o Riscas morreu. Estava ali prostrado, a boiar. Choro e mais choro:
" Mas eu gosto muito dele, eu quero o meu peixinho..."
Com a confusão própria da sua idade, o Vasco ainda não percebe muito bem a morte e as suas implicações. Ainda no outro dia, ficou aborrecido porque não o levei a um funeral. Penso que achava que era mais uma festa destas, muitas, de Verão e não queria ficar excluído. E os porquês foram imensos, tentando explicar o que íamos fazer.
Ontem, ainda me sugeriu: " E se nós abríssemos a boca dele e puséssemos comida?"
Foram lágrimas genuínas.... mas que também desapareceram ao ver mais um episódio do Zou...
Difícil explicar a morte, a ausência a mentes tão jovens, tão despidas de dor.
Difícil explicar a morte, a ausência a mentes tão impreparadas para a enfrentar: as nossas.