quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O primeiro canto

Vem assim, de mansinho, sem se anunciar...
Muito envolvidos ainda no crepitar da lareira, com os abafos e casacos que o frio não nos deixa esquecer...
E, de repente, os campos já não estão estéreis e já brotam verdes do chão...
E, de repente, há um primeiro canto que se ouve tímido... mas que chama a atenção pela ausência que quebra.
E, de repente, há esperança e há vida e há correr ao sol e o respirar de coisas boas e alegres que esta luz maravilhosa nos dá.
E há esperança... e há esperança nos dias maiores e nos risos do cheiro a terra nas mãos.
Das bicicletas que voltam a rodar e das caminhadas que já parecem mais naturais.
E há um aroma de pulsar de vida...
Já o ouvi... esse primeiro canto. Já chegaram novos companheiros de viagem...
Vamos a isto, Primavera?





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